Na avaliação do Executivo, o principal alvo de resistência por parte dos parlamentares era a reoneração da folha, mas, diante de pressões na última semana, o governo agora se prepara para também enfrentar dificuldades no que diz respeito ao fim do Perse.
O ambiente para a receptividade do Perse na medida piorou desde a semana passada, sobretudo na Câmara. No Senado, há admissibilidade da permanência do fim do programa na MP, mas entre os deputados há pressão para que as alterações no programa sejam revogadas na medida e endereçadas por projeto de lei. A receptividade ruim pela Câmara se dá em razão de o Perse ter sido articulado pelos deputados, em sua maioria.
No entanto, até o momento a indicação ainda não é de que o governo deve ceder às pressões da Câmara. O Executivo conta com o apoio do Senado e houve acordo entre o ministro Fernando Haddad e líderes partidários – que concordaram em deixar o programa acabar quando o gasto atingir R$ 25 bilhões. O acordo, porém, foi selado antes da divulgação de supostas irregularidades no programa e da cifra de R$ 17 bilhões já gastos com o Perse, segundo integrantes da Receita.
Fonte: Jota PRO